[THREAD]Pesquisa Sobre Mercado de Trabalho em Startups

A @gamaacademybr liberou recentemente um estudo sobre o mercado de trabalho em startups e vou fazer algumas observações sobre os resultados por aqui.

1. A pesquisa descreve o ambiente de Startup como flexível e dinâmico, falando sobre o clássico cenário de ir trabalhar de bermuda e chinelo e poder trabalhar de casa.

A flexibilidade muitas vezes não passa das roupas, a flexibilidade de horário só existe na hora da entrevista.
Na prática existe tanta demanda para pouca gente fazer que o comum é chegar antes e sair depois. No mesmo trecho mencionam a cultura dá área de descompressão com puffes e vídeo games, mas também é outra coisa comum só no discurso, se você usar acaba sendo mal visto pela empresa.
2. A pesquisa mostra que startups são de fato importante para o mercado de trabalho, segundo os dados, as 352 startups analisadas possuem 2849 vagas abertas, o que é um número excelente.

São pouco mais de 8 vagas por empresa.
3. O estudo é focado em 4 funções específicas (que eles deram apelidos da moda), mas que são: programação, design, vendas e marketing.

A busca por programadores segue em alta com 36,57% das vagas, marketing vem em segundo com 19,13% e vendedores em terceiro com 14,29%.
Em quarto lugar nas vagas estão os profissionais de design, com 8,32% das vagas disponíveis. Apesar do estudo não ser qualitativo, os números me fazem questionar se as poucas vagas para designer não são porque 1 profissional normalmente consegue fazer um trabalho grande.
Tendo em vista que usabilidade, desenvolvimento de produto e visual são características importantes da maioria das startups.
4. Dentro das especialidades, programador mobile e frontend estão no topo do ranking. Me surpreende mobile estar a frente do frontend, mas não é surpresa backend estar em quarta posição nos requisitos.

Atualmente um bom front com boas ferramentas consegue fazer muita coisa.
Marketing segue o que é esperado, com Inbound e Growth Hacking no topo, Growth mais por ser um termo da moda do que por ser uma questão tecnica propriamente dita. Pela ausência, parece que o termo "Social Media" foi completamente substituído por Growth Hacking
Vendas está interessante, vemos a adoção do Inside Sales e da ideia de Sucesso do Cliente, e a busca por profissionais que sabem CRM também é interessante.

No Dreamforce desse ano ouvi uma frase que chamou bastante atenção: "CRM é a maior mudança em vendas dos últimos 100 anos"
Design não tem surpresas: Product Design e User Experience seguem sendo a prioridade que devem ser. Demonstra que as startups estão, de fato, colocando o foco do produto diretamente no usuário.
5. As cidades também não surpreendem: BH, São Paulo e Rio já eram esperadas como potências em número de contratações. Mas uma surpresa - a gente já imaginava, mas os números são interessantes - é Florianópolis. Pela proporção de tamanho, o número de vagas impressiona.
O estudo conclui apontando o aumento no número de vagas, mas sinto falta de mais detalhes sobre as condições dessas vagas, a qualidade dos salários os benefícios comuns e questões de divisão de equidade.

Vagas de emprego são essenciais, mas uma análise qualitativa seria bom.
O estudo traz vários outros detalhes, e quem quiser baixar pode encontrar usar o link aqui:

https://t.co/87YnfSpxqa

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Recently, the @CNIL issued a decision regarding the GDPR compliance of an unknown French adtech company named "Vectaury". It may seem like small fry, but the decision has potential wide-ranging impacts for Google, the IAB framework, and today's adtech. It's thread time! 👇

It's all in French, but if you're up for it you can read:
• Their blog post (lacks the most interesting details):
https://t.co/PHkDcOT1hy
• Their high-level legal decision: https://t.co/hwpiEvjodt
• The full notification: https://t.co/QQB7rfynha

I've read it so you needn't!

Vectaury was collecting geolocation data in order to create profiles (eg. people who often go to this or that type of shop) so as to power ad targeting. They operate through embedded SDKs and ad bidding, making them invisible to users.

The @CNIL notes that profiling based off of geolocation presents particular risks since it reveals people's movements and habits. As risky, the processing requires consent — this will be the heart of their assessment.

Interesting point: they justify the decision in part because of how many people COULD be targeted in this way (rather than how many have — though they note that too). Because it's on a phone, and many have phones, it is considered large-scale processing no matter what.